A indústria de alimentos muitas vezes utiliza coagulantes químicos à base de Ferro ou Alumínio para realizar o tratamento dos seus efluentes, o que não é sustentável para o meio ambiente, principalmente se considerarmos que ao fazer isso, esse efluente de característica orgânica está sendo contaminado por esses metais.
Como alternativa aos coagulantes inorgânicos, o coagulante natural à base de tanino desempenha um excelente trabalho neste papel, promovendo um tratamento de alta performance aos efluentes dessa indústria, mantendo sua característica orgânica, removendo os sólidos suspensos e a gordura através do lodo, que pode ser reaproveitado como fertilizante ou na compostagem.
Veja, a seguir, como age esse tipo de coagulante orgânico e confira suas vantagens em relação aos coagulantes inorgânicos!
Como o coagulante natural à base de tanino atua no tratamento de efluentes?
O coagulante natural à base de tanino é uma alternativa ecológica para o tratamento de efluentes de muitas indústrias, inclusive a de alimentos.
Extraído da casca de acácia-negra, ele atua em sistema coloidal, tornando as cargas neutras e criando pontes entre as partículas presentes nos efluentes. Isso facilita a aglomeração dessas partículas, formando flocos maiores que podem ser facilmente removidos.
Além disso, os taninos têm a capacidade de realizarem processos de oxidação, o que permite que a toxicidade do poluente seja reduzida.
Vantagens do coagulante natural de tanino no tratamento de efluentes industriais?
Após entender o funcionamento básico dos coagulantes orgânicos à base de taninos, vejamos suas vantagens:
1. Manutenção do pH da Água
Os coagulantes naturais à base de tanino de acácia-negra apresentam uma notável vantagem no tratamento de efluentes gerados pela indústria alimentícia: a capacidade de não alterar significativamente o pH da água tratada.
Diferentemente de coagulantes químicos convencionais, que frequentemente requerem ajustes de pH, os taninos mantêm o equilíbrio ácido-base do efluente.
Essa característica é importante, pois evita custos elevados com o uso de produtos químicos adicionais para equilibrar o pH antes e após o tratamento.
2. Benefícios para o Lodo Final
O uso de coagulantes naturais também proporciona benefícios em relação ao lodo resultante do processo de tratamento, pois a quantidade gerada é menor.
Além disso, por ser de origem orgânica, este lodo possui maior biodegradabilidade em comparação com aqueles produzidos por coagulantes inorgânicos, e até mesmo pode ser reaproveitado, como em aplicações agrícolas como fertilizantes ou na compostagem
3. Viabilidade Econômica
A adoção de coagulantes orgânicos apresenta uma grande viabilidade econômica para as indústrias de alimentos, pois além de ser sustentável do ponto de vista ambiental, também é sustentável financeiramente.
A redução nos custos com ajuste de pH, a menor necessidade de produtos químicos adicionais no processo de tratamento, e a facilidade de manuseio e disposição do lodo resultante contribuem para uma redução global nos custos operacionais.
Adicionalmente, a crescente demanda por soluções ambientalmente responsáveis pode conferir vantagens competitivas às empresas que adotam essa tecnologia.
4. Ausência de Traços de Metais Remanescentes
Por fim, mais uma vantagem significativa dos coagulantes naturais para tratamento de água é a ausência de traços de metais remanescentes no efluente tratado.
Coagulantes inorgânicos convencionais, como os baseados em alumínio ou ferro, deixam resíduos metálicos na água tratada, o que pode ser problemático para certos usos industriais ou para o cumprimento de normas ambientais rigorosas.
Por outro lado, os taninos, sendo compostos orgânicos naturais, não introduzem metais no sistema, resultando em um efluente final mais limpo e seguro e um lodo também livre de metais.
Lembrando que esta característica é ainda mais valiosa para indústrias que necessitam de água de alta qualidade para reúso.
Portanto, com tantos benefícios em comparação aos coagulantes inorgânicos, os coagulantes naturais gerados a partir de taninos de acácia-negra, podem revolucionar o tratamento de efluentes da indústria de alimentos e de muitas outras.
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