Tanino melhora a qualidade do leite e da carne de ruminantes

Rebanho de vacas leiteiras comendo ração para representar como o tanino melhora a qualidade do leite e da carne

Nos últimos anos, o uso de taninos na nutrição animal tem ganhado destaque, principalmente por seus efeitos na melhoria da qualidade do leite e da carne. Esses compostos naturais, amplamente encontrados em plantas como leguminosas e árvores, são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e antimicrobianas. 

Além de contribuir para o bem-estar dos animais, os taninos têm demonstrado impacto positivo na composição dos ácidos graxos da carne e do leite, promovendo produtos mais saudáveis e de maior valor nutricional.

Neste artigo, vamos explicar como o tanino melhora a qualidade do leite e da carne, destacando seus benefícios e como ele pode ser um aliado na produção de alimentos mais saudáveis e sustentáveis. Continue a leitura e conheça as vantagens desse importante recurso na nutrição animal.

O que são taninos e como eles afetam os ruminantes?

Os taninos são compostos fenólicos presentes em diversas plantas, como árvores, leguminosas e cereais. Esses compostos, que não são essenciais para o crescimento das plantas, têm a capacidade de se ligar a proteínas e outros compostos, influenciando a digestão nos ruminantes. A princípio, os taninos foram classificados como "antinutrientes", devido ao seu impacto na redução da digestibilidade de proteínas. 

No entanto, pesquisas recentes, como Uso de taninos para melhorar o perfil de ácidos graxos da qualidade da carne e do leite em ruminantes, mostraram que, em concentrações adequadas, os taninos podem trazer inúmeros benefícios, tanto para a saúde dos animais quanto para a qualidade dos produtos derivados, como carne e leite.

Como os taninos melhoram o perfil de ácidos graxos da carne

A biohidrogenação dos ácidos graxos insaturados no rúmen dos ruminantes resulta em um aumento da saturação das gorduras da carne e do leite. No entanto, estudos indicam que a suplementação dietética com taninos pode interferir nesse processo, alterando o metabolismo dos lipídios no rúmen, atuando na biohidrogenação. Isso leva a um aumento nos níveis de ácidos graxos benéficos, como o ácido linolênico e o ácido vacênico, encontrados tanto na carne quanto no leite.

Por exemplo, em ovinos alimentados com dietas suplementadas com taninos, observou-se um aumento na concentração de ácidos graxos poli-insaturados, além de uma redução nas gorduras saturadas, resultando em carne de melhor qualidade para a saúde humana. Esses ácidos graxos, como o ácido rumênico, têm sido associados a benefícios para a saúde, como a prevenção de doenças cardiovasculares e a melhora na resposta imunológica.

Tanino melhora a qualidade do leite: um impacto positivo no perfil lipídico

No caso do leite, os taninos também desempenham um papel significativo na modulação do perfil lipídico. O uso de dietas enriquecidas com taninos em vacas leiteiras, especialmente durante épocas de pastagem com menor qualidade forrageira, mostrou resultados interessantes. 

Durante o período seco, quando a qualidade da pastagem é inferior, a suplementação com taninos resultou em uma redução na concentração de ácidos graxos saturados e uma melhora no teor de ácidos graxos monoinsaturados.

Além disso, os taninos foram capazes de aumentar os níveis de ácidos graxos poli-insaturados, como o ácido linolênico, contribuindo para a produção de um leite mais saudável, rico em compostos benéficos para a saúde humana. Esses ácidos graxos são conhecidos por seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, o que eleva o valor nutricional do leite. Além destes, o aumento de gordura no leite pode ser verificado com inclusões baixas de taninos condensados na dieta.

Outro benefício observado com o uso de taninos na dieta de ruminantes foi a redução dos níveis de ureia no leite. Esse aspecto não só contribui para a melhora da qualidade do leite, mas também para a redução do impacto ambiental, uma vez que há menor excreção de nitrogênio na urina dos animais.

A ação dos taninos em diferentes estações do ano

O efeito dos taninos na nutrição animal pode variar de acordo com a época do ano e a disponibilidade de forragem. Estudos realizados com vacas leiteiras demonstraram que o impacto da suplementação com taninos é mais pronunciado durante a estação seca, quando a qualidade da pastagem é mais baixa. Nessas condições, os taninos ajudam a melhorar a digestibilidade e a modulação do perfil de ácidos graxos no rúmen, promovendo um leite com melhores propriedades nutricionais.

Por outro lado, durante a estação chuvosa, quando a pastagem é mais abundante e rica em proteínas, os efeitos dos taninos são, mas ainda assim importantes para manter um equilíbrio na fermentação ruminal e no metabolismo lipídico. Isso mostra que a suplementação com taninos pode ser uma estratégia flexível, adaptada às necessidades específicas de cada estação.

Benefícios adicionais dos taninos na nutrição de ruminantes

Além dos efeitos benéficos no perfil de ácidos graxos da carne e do leite, os taninos também contribuem para a saúde geral dos ruminantes. Sua ação antimicrobiana ajuda a controlar o crescimento de patógenos no trato digestivo, prevenindo distúrbios metabólicos como o timpanismo e a acidose ruminal. Isso resulta em animais mais saudáveis, com melhor desempenho produtivo e maior eficiência alimentar.

Os taninos também têm sido associados à redução de parasitas gastrointestinais em ruminantes, promovendo uma melhora na saúde intestinal dos animais e contribuindo para a sustentabilidade da produção, com menos dependência de medicamentos veterinários.

O uso de taninos na dieta de ruminantes tem se mostrado uma estratégia promissora para melhorar a qualidade do leite e da carne, especialmente em sistemas de pastejo extensivo. Os benefícios dos taninos vão além da simples modulação do perfil de ácidos graxos, abrangendo também a saúde dos animais e a sustentabilidade da produção. Seja durante a estação seca ou chuvosa, o tanino melhora a qualidade do leite e pode ser um recurso valioso na nutrição animal.

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