Atualmente, cada vez mais estudos indicam que os taninos desempenham um papel crucial na nutrição animal e na eficiência da produção de proteína animal. Com a crescente demanda por métodos sustentáveis e eficazes na agropecuária, esses compostos naturais estão ganhando destaque.
Pensando nisso, este conteúdo explicará como a incorporação de taninos nas dietas pode beneficiar o bem-estar animal e, consequentemente, melhorar a qualidade da proteína animal.
Continue conosco para compreender as vantagens e os efeitos dos taninos na nutrição animal e obter um salto qualitativo na sua produção.
Boa leitura!
O que é nutrição animal?
Nutrição animal é a área dedicada a atender as necessidades dietéticas de animais, especialmente aqueles criados para produção de alimentos. Além disso, essa área do saber engloba também o manejo nutricional de animais de companhia e organismos aquáticos.
Nesse sentido, entende-se que a nutrição é fundamental, pois envolve os processos bioquímicos e fisiológicos pelos quais um animal utiliza os alimentos para manter-se vivo. Evidentemente, uma nutrição equilibrada garante saúde e produtividade nos sistemas produtivos
A importância de uma boa nutrição animal
A importância de uma boa nutrição animal não pode ser subestimada. Nutrir adequadamente os animais contribui significativamente para sua saúde e bem-estar geral, resultando em organismos mais robustos e menos suscetíveis a doenças.
Além disso, uma alimentação correta potencializa a produtividade e o desempenho no contexto da produção pecuária. E não para por aí, ao considerar a nutrição animal, estamos também falando sobre a redução do impacto ambiental, já que práticas alimentares sustentáveis auxiliam na diminuição da pegada ecológica do setor.
Então, investir em nutrição animal é investir no futuro da produção pecuária. O manejo nutricional adequado assegura não apenas a melhoria na qualidade de vida dos animais, mas também implica em produtos de origem animal mais seguros e saudáveis para o consumo humano.
O que são taninos?
Após entender um pouco mais sobre a nutrição animal, é chegada a hora de abordar um assunto de grande relevância para esse tema: os taninos.
Os taninos são compostos polifenólicos que atuam na nutrição animal. Essas substâncias têm a habilidade de se unir a proteínas, o que pode impactar diretamente a eficiência alimentar em animais.
Na alimentação de rebanhos, por exemplo, se usados em quantidade adequada, os taninos podem se complexar com a proteína animal no rúmen e permitir seu melhor aproveitamento no intestino delgado. Para não ruminantes, a ação antimicrobiana e melhoria na integridade intestinal é um ponto diferencial a considerar sobre o uso dos taninos. Por outro lado, em altas concentrações podem levar à redução na ingestão de alimentos e crescimento dos animais.
Sendo assim, a aplicação dos taninos na nutrição de animais exige um conhecimento técnico apurado para que o uso seja feito da melhor forma possível, melhorando a produtividade e a saúde dos animais através dos benefícios que o tanino pode trazer ao plantel.
Os efeitos e benefícios dos taninos na nutrição animal
A inclusão de taninos na nutrição animal, quando realizada de forma controlada e estratégica, pode trazer uma série de benefícios para o desempenho e saúde dos animais. Abaixo, apresentaremos os principais efeitos dos taninos:
Aumento do consumo de matéria seca
Os taninos têm sido associados a um aumento no consumo de matéria seca em animais, devido à sua capacidade de estimular a produção de saliva e, assim, aumentar a atividade ruminal. Esse aumento no consumo de matéria seca pode possibilitar uma melhor utilização dos nutrientes presentes nos alimentos, contribuindo para o desempenho animal.
Ganho de peso vivo
A inclusão de taninos na dieta animal pode estar relacionada a um aumento no ganho de peso vivo. Isso pode ser atribuído à capacidade dos taninos de promover uma melhor digestão dos alimentos e, consequentemente, uma maior absorção de nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento.
Ganho de peso diário
O consumo de taninos também tem sido associado a um aumento no ganho de peso diário. A presença dessa substância pode influenciar positivamente o metabolismo dos animais, resultando em um incremento no crescimento diário, o que é de grande importância para a produção animal.
Eficiência alimentar
Mais um efeito que se tem observado é uma contribuição para a melhoria da eficiência alimentar, pois os taninos podem atuar na regulação da microbiota intestinal, facilitando a digestão e absorção dos nutrientes, o que se reflete em uma melhor conversão alimentar e utilização mais eficiente dos alimentos consumidos.
Ganhos de carcaça
Os taninos também podem exercer influência sobre rendimento de carcaça dos animais, sendo positivos para o desenvolvimento de tecidos musculares e melhoria na conformação da carcaça. Isso proporciona carcaças de melhor qualidade e maior valor comercial. Além de ganhos quantitativos, os ganhos em qualidade de carcaça são pronunciados com a adição de taninos nas dietas, como melhorias nas relações de ácidos graxos, por exemplo, com aumento do linoleico.
Efeito antimicrobiano
Além dos efeitos nutricionais, os taninos apresentam propriedades antimicrobianas, favorecendo a saúde intestinal dos animais. A atividade antimicrobiana dos taninos pode auxiliar na redução da ocorrência de doenças e na manutenção de um equilíbrio microbiológico no trato gastrointestinal.
Função ruminal
No ambiente ruminal, os taninos estão relacionados à modulação da fermentação e da microbiota. Eles promovem condições favoráveis para uma melhor digestão dos alimentos e absorção de nutrientes, contribuindo para a saúde ruminal e o desempenho dos animais.
Saúde intestinal em não ruminantes
Para encerrar, os taninos têm a capacidade de melhorar a saúde intestinal por intermédio da ação nas vilosidades intestinais, aumentando a área de absorção de nutrientes para animais não ruminantes, como frangos, poedeiras e suínos.
Como incluir taninos na nutrição animal
Para incorporar os taninos na nutrição animal, é importante entender as concentrações adequadas e os tipos de taninos mais indicados para maximizar seus benefícios. De acordo com a revisão bibliográfica “Taninos e seus efeitos na alimentação animal”, os taninos têm se mostrado vantajosos em concentrações específicas, especialmente para ruminantes
1. Identificação do tipo de tanino e a concentração ideal
Os taninos se dividem principalmente em taninos hidrolisáveis e taninos condensados, e cada tipo exerce um efeito diferente na digestão e saúde animal. Os taninos condensados, por exemplo, são preferíveis para a alimentação de ruminantes, pois podem proteger a proteína da degradação excessiva no rúmen e ajudar na disponibilização de proteína "by-pass" no intestino delgado. Essa proteção ocorre através da formação de complexos tanino-proteína que se dissociam apenas em pH mais baixo, como no abomaso, o que permite uma utilização mais eficiente da proteína.
De acordo com a revisão bibliográfica mencionada, a concentração de taninos condensados entre 2% e 4% na matéria seca da dieta é benéfica para ruminantes. Nessa faixa, os taninos contribuem para a proteção de proteínas dietéticas e para a redução de problemas como timpanismo e infecções parasitárias, além de promover maior absorção de aminoácidos essenciais no intestino.
Entretanto, quando presentes em níveis superiores a 5% na matéria seca, os taninos podem exercer efeitos adversos, reduzindo a ingestão de alimentos e a digestibilidade da fibra, além de interferir na eficiência alimentar.
2. Aplicação prática e manejo de dieta
Para incluir os taninos na nutrição animal de forma eficiente, a dieta deve ser ajustada conforme a espécie e as necessidades nutricionais dos animais:
Ruminantes
Os ruminantes, como bovinos e ovinos, possuem uma capacidade de adaptação aos taninos devido ao metabolismo microbiano do rúmen, que degrada esses compostos em formas menos tóxicas. O uso de leguminosas com teor natural de taninos, como Lotus spp., é uma estratégia comum que permite a liberação gradual de taninos na dieta. Além disso, na suplementação de taninos condensados, deve-se manter a faixa de 2% a 4% na matéria seca para maximizar os benefícios.
Monogástricos
Em monogástricos, como suínos e aves, o uso de taninos deve ser mais restrito. Esses animais têm menor capacidade de metabolizar taninos, e a exposição excessiva pode reduzir a digestibilidade da proteína e causar desconforto gastrointestinal.
Para esses animais, a concentração de taninos na dieta deve ser inferior a 1%, e a inclusão de taninos deve ser feita com monitoramento constante dos efeitos na saúde intestinal e na absorção de nutrientes.
Controle de parasitas e saúde intestinal
Em concentrações de até 4%, os taninos também têm mostrado efeitos benéficos na redução de infecções parasitárias e no equilíbrio da microbiota intestinal. Esse efeito ocorre principalmente devido à capacidade dos taninos de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos, favorecendo a saúde geral do animal.
Condições de estresse nutricional
Em regiões ou períodos do ano onde a qualidade da forragem é baixa, como nas secas, a suplementação com taninos deve ser feita com atenção. A presença de taninos em forragens de baixa qualidade pode diminuir ainda mais a digestibilidade, sendo indicada a suplementação de proteína ou carboidratos facilmente digestíveis para compensar.
3. Monitoramento e ajuste da dieta
O uso de taninos na nutrição animal demanda um acompanhamento técnico contínuo para avaliar os resultados e ajustar as quantidades conforme necessário. Monitorar o desempenho dos animais, a qualidade das carcaças e os indicadores de saúde intestinal pode ajudar a identificar os benefícios esperados, bem como quaisquer sinais de efeitos negativos, especialmente em casos de sobrecarga de taninos. A modulação das concentrações com base nos resultados obtidos é essencial para aproveitar as vantagens dos taninos sem comprometer a produtividade e o bem-estar animal.
Conte com a Seta
A Seta é pioneira na extração e exportação de taninos oriundos de Acácia Negra e utiliza processos diferenciados de extração, com uso de tecnologia própria.
Além disso, possuímos inúmeras certificações, como ISO 9001, ISO 14001, APPCC, FSC e BPF/GMP, além de registro no Ministério da Agricultura para Alimentação Animal. Ou seja, a Seta busca sempre garantir sua responsabilidade, desde os insumos até a entrega para o cliente.
Portanto, agora que você pôde conhecer um pouco mais sobre a importância e sobre os efeitos e benefícios dos taninos na nutrição animal, conte com a Seta para fornecer essa solução e obter sempre a mais alta qualidade.
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Entenda um pouco mais sobre os benefícios do tanino e suas aplicações
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